Diversas entidades políticas e de classe uniram-se para formar uma frente contra a terceirização das atividades da Funerária Municipal, serviço oferecido atualmente pela Empresa Municipal de Desenvolvimento Urbano e Rural de Bauru (Emdurb). Além de lançarem um manifesto protestando contra a iniciativa da atual administração, os integrantes da frente prometem realizar um ato público, na próxima segunda-feira, às 17h, em frente à Câmara Municipal de Bauru, criticando a medida e cobrando dos vereadores a organização de uma audiência pública para discutir o tema.“Repudiamos a política privatista que a administração municipal tenta impor à cidade. Ao tomar essa decisão, o governo Tuga Angerami demonstra incompetência para gerir o município. Toda terceirização implica em desemprego, desmonte do serviço público e enriquecimento das instituições privadas. Além disso, até agora não houve nenhum debate com a comunidade, nem explicações à população dos motivos das terceirizações, o que seria possível em uma audiência pública”, afirma o manifesto.A realização de audiência pública já foi solicitada pelo Sindicato dos Servidores Municipais (Sinserm), que garantiu que até ontem não havia recebido resposta do Legislativo sobre o pedido. No entanto, em contato com a reportagem do JC, o presidente da Câmara, Paulo Madureira (PP), informou que a Consultoria Jurídica da Casa forneceu parecer contrário à solicitação por entender que a mesma deveria partir da Comissão de Fiscalização e Controle, e não do Sinserm. “E, por orientação jurídica, encaminhei o pedido agora à referida comissão”, disse Madureira, que garantiu já ter informado os sindicalistas da decisão. Apesar disso, o Sinserm já conseguiu marcar uma mesa-redonda no Ministério do Trabalho, no dia 3 de setembro, às 14h30, para debater a questão.Ainda sobre a terceirização da funerária, o manifesto considera não estar esclarecido o fato da atividade ser deficitária. “Estudos concluíram que não havia nenhum prejuízo. E como fica a situação dos funcionários da funerária? Até agora ninguém da administração manifestou-se e não aceitamos nenhum tipo de prejuízo a esses empregados”, sustenta o documento.Integram a frente as seguintes entidades: Sinserm, PSTU, Psol, Diretório Acadêmico Di Cavalcanti (Unesp Bauru), Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), Comissão Pastoral da Terra, Pastoral da Juventude do Brasil, Esquerda Marxista (PT), Sindicato dos Bancários de Bauru, Comsea/Comitê, Comitê das Associações de Moradores de Bauru, Conlutas/Regional Bauru e chapa 3 de oposição do Sindicato dos Condutores.
Marcelo Ferrazoli
Fonte: http://www.jcnet.com.br/busca/busca_detalhe2007.php?codigo=111475
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